quinta-feira, 18 de novembro de 2010

PARLENDA MODERNA

PARLENDA

Todo o mundo conhece a parlenda, de domínio popular, que se segue:

“Cadê o toucinho daqui?
Gato comeu.
Cadê o gato?
Foi pro mato.
Cadê o mato?
Fogo queimou.
Cadê o fogo?
Água apagou.
Cadê a água?
Boi bebeu.
Cadê o boi?
Tá amassando trigo.
Cadê o trigo?
Galinha espalhou.
Cadê a galinha?
Tá botando ovo.
Cadê o ovo?
O frade comeu.
Cadê o frade?
Tá rezando missa.
Cadê a missa?
Tá no altar.
Cadê o altar?
Tá no seu lugar...
E o seu lugar é por aqui, por aqui, por aqui..”

(e faz-se cócegas pelo braço afora da criança, até se chegar ao sovaco)...

Com base nessa parlenda, criei a de baixo, que chamei de:

PARLENDA MODERNA

Cadê a poesia daqui?
Poeta rimou.
Cadê o poeta?
Tá buscando inspiração.
Cadê a inspiração?
Tá no coração.
Cadê o coração?
Foi buscar a paixão.
Cadê a paixão?
Tá vivendo de ilusão.
Cadê a ilusão?
Verdade comeu.
Cadê a verdade?
Tá procurando a justiça.
Cadê a justiça?
Tá com preguiça.
Cadê a preguiça?
Tá enchendo lingüiça.
Cadê a lingüiça?
Cachorro engoliu.
Cadê o cachorro?
Foi mijar lá no morro.
Cadê o morro?
Virou favela.
Cadê a favela?
Tá fazendo novela.
Cadê a novela?
A Globo estragou.
Cadê a Globo?
Sílvio Santos comprou.
Cadê Sílvio Santos?
Tá jogando xadrez.
Cadê o xadrez?
Era uma vez...

(José de Castro, Natal/RN,  18/11/2010) 

Nenhum comentário:

Postar um comentário