Seguem-se três releituras ou recriações que fiz a partir da PARLENDA DO DOCE.
Quem nunca ouviu ou repetiu essa clássica parlenda?
“O doce perguntou pro doce
Qual doce era o doce
mais doce que o doce.
O doce respondeu pro doce
Que o doce mais doce que o doce
era o doce da batata doce.”
(domínio popular)
Segue-se a primeira recriação da parlenda do doce:
Qual é o doce mais doce que o doce?
-Decerto não é o doce da batata doce,
respondeu o arroz doce e irritou-se.
-Ora, ora, o meu doce é mais doce...
E se mais não fosse
eu não diria que o doce
mais doce que o doce
é o doce do arroz doce
e não o da batata doce.
Melhor que fosse.
Mas não é... E acabou-se.
Na mesma linha, criei outra variação para essa parlenda:
O azul perguntou para o azul
que azul era mais azul que o azul.
O azul respondeu para o azul
que o azul mais azul que a azul
é o infinito do teu olhar azul,
mais azul que o azul do céu,
mais azul que o azul
do anil dos mares do sul.
E segue-se outra, mudando a cor, mas não o tom:
O verde perguntou para o verde
que verde era o verde
mais verde que o verde.
O verde respondeu para o verde
que o verde mais verde que o verde
é o verde olhar da criança
refletindo o verde
no verde da mata verde.
Mas vede:
na verdade, o verde mais verde que o verde,
é o verde da esperança
de ver o mundo vitoriosamente verde.
(José de Castro)
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