quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

TÁ-TÁ-TÁ e TI-TI-TI - (tautograma)

Trabalha teclando.
Textos e timbres.
Tecla, tecla, todo o tempo.
Tecla textos no twitter,
tecla torpedos, trovas e tercetos,
tecla texturas, tonalidades.
Tecla, teclado, tela: televisa, telefona,
teleduca, telecina, teletransporta-se no tempo.
No teclado, tecla tons,
ternuras, tristezas e tédio.
E no teclado, toca também:
toca tambor, trompete, trombeta,
triângulo, tuba e toca timbale.
Toca, tecla e troca também.
Troca ternuras, troca o terno,
troca tiros e tira-teima.
Tendências: teimoso, tenaz, tempestivo, tentador.
Tem tias, tios, Tatis e tatuagens.
E tem tempo para tudo e para todos.
Trapaceia? Talvez. Tentações? Todas.
Tecla tragédias: trovão, trovoada, tempestades,
tromba d’água, torrentes, torvelinho, tormentas,
terremotos, tsunami,  tornado e tufão.
Tudo tecla em textos trabalhados.
Teclar, tecer, tramar:
transformar tensões em tranquilidade.
Tecla-terapia transcendental: transmutação. 
Tecla tesouros de topázio e turmalina,
toadas de tambor, timbaladas.
Tecla, toca e troca.
Teoriza, tematiza.
Troca, toca e tecla.
Tecla tatu, tacape, tacacá e tucupi.
Tecla tupinambá e tecla tupi.
Tecla tutu e ta-tá-tá e ti-ti-ti.
E toada de tu-iú-iú.
Tudo tecla no teclado.
Téc-téc-téc... Teamo, Tânia. 
Trabalho terminado. 

(para Tânia, Tati Cavalcante e para meu filho João Gabriel) 

MESMICE - conto minimalista

Todos os dias eram iguais.
Resolveu fazer um diferente.
Vestiu-se de palhaço.
Mas ninguém achou graça.
Aí ele voltou a ser,
de novo, o mesmo homem de sempre:
um anônimo qualquer,
perdido na multidão.

Moral da história: Ser anônimo é mais digno do que ser palhaço. O que dói mesmo é a indiferença. 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

ECOS DE UM AMOR DISTANTE

Ouço tua voz, ao longe, murmurando
Brisa suave trazida pelo vento,
Segredos de sereia me encantando...

Voz de nuvem, macia feito algodão
Delicada ternura, carinho, doce alento,
Tua voz é saudade em meu coração....

A distância é uma brasa que dói tanto
Penso em ti a cada hora, a todo o momento,
Tua voz de anjo, terno e meigo acalanto....

Vem a noite com seu frio manto
E na memória tua voz, qual lamento...
Entre risos e lágrimas, afogo o meu pranto....  

(dedicado a todos aqueles que têm um amor ao longe, distante,
e que  sentem o eco da voz amada – ou do amado -  batendo na lembrança...) 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

ARTIGOS NOVOS NA COLUNA DIGINET

Amigos:
Tem mais dois artigos novos na COLUNA DIGINET: um deles fala da qualidade da nossa literatura infantil e o outro discorre um pouco sobre o trabalho do escritor BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS.

http://colunas.digi.com.br/josedecastro/a-moderna-literatura-infantil-brasileira/
http://colunas.digi.com.br/josedecastro/ler-e-superior-ao-ato-de-escrever/

Boas leituras...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

SARAU NO NEI - UFRN

Amanhã, dia 14, estarei no SARAU POÉTICO da criançada de segundo ano do Ensino Fundamental do Núcleo Educacional Infantil - NEI/UFRN, que lançará seu livro, do qual escrevi uma apresentação na última capa. Estarei lá, se Deus quiser, declamando algumas releituras de parlendas que fiz, dentre outros poemas. Vai ser uma festa. Aguardem novas notícias para depois do evento... 

ESTRÉIA COMO COLUNISTA DIGINET

Estou compartilhando com vocês minha estreia como o mais recente colunista colaborador da DIGINET, que é provedora de e-mails. Meu primeiro artigo intitula-se O PRAZER DA LEITURA.

Confira:


http://colunas.digi.com.br/josedecastro/o-prazer-da-leitura/

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

HUMOR - Anúncios Sentimentais Desclassificados


Vende-se uma coleção de beijos, sabor primavera. 

Vende-se um noivado desfeito... O par de alianças segue junto...

Por motivos de falta de ar, vende-se um abraço apertado... 

Por questões absolutamente pessoais, vende-se um casamento com mais de 19 anos de carência...

Troco casamento infeliz por separação alegremente consumada...

Marido em franca expansão procura mulheres casadas para associação de negócios multilaterais... 

Vende-se uma coleção de suspiros dobrados, para casais apaixonados.

Avisamos aos nossos clientes que os estoques de "amor sem fim" estão zerados. 

Vendemos previsões de futuro, com sigilo absoluto: nem você mesmo vai saber... 

Troca-se um marido infiel por um outro que seja, pelo menos, mais discreto.... 

Vende-se um casamento inteiramente reformado, com vários filhos recém-construídos... 

Mulher de primeira procura namorado que não tenha segundas intenções. 

Vende-se uma excelente sogra, sem nenhum defeito, pronta para uso imediato.... 

Troco um noivo usado por uma aliança nova (nem precisa ser de ouro!)...

Troco duas bodas de prata por uma cartela de Viagra...

Vendo uma dúzia de cintos da castidade, todos virgens...

Poliglota experiente vende beijos de língua em vários idiomas...

Vendo vestido de noiva e um pacote de lua de mel, com noivo e tudo... 

Vende-se uma cara metade com cinqüenta por cento de desconto...

Casal atravessando fase difícil, vende lua-de-mel minguante. 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

POETRIX

INFINITUDE
O amor nunca se cansa.
Na rede das ternuras,
incansável, se delicia e balança.  

domingo, 5 de dezembro de 2010

PAIXÃO MODERNA (conto minimalista)


Assim que o viu se apaixonou. Foi amor à primeira vista. Mas não era uma homem: era um novo modelo de celular.

LIÇÃO DE VIDA (da série: REFLEXÕES)

Pra quem sabe ver e ouvir, a vida é uma grande lição. Professores e alunos, todos nós. Na escola da vida não tem pós-graduação.

QUATRO CONTOS DE NATAL (contos minimalistas)

1. NOITE DE NATAL
Noite escura. Uma estrela cadente riscou o céu.
O menino apontou e disse: - Lá se vai Papai Noel...


2. CONTO DE NATAL  

A árvore de Natal piscava e piscava. Os olhos do menino brilhavam.
Uma música sublime se ouviu ao longe. Parece que anjos cantavam.

3. BELÉM 
À luz de uma lamparina, ajoelhou-se e fez uma prece de agradecimento. A esposa e o filho dormiam em colchões no chão de terra batida. No casebre, um quê de gruta de Belém.

4. DENTRO DA NOITE 
A enorme árvore de Natal piscava esperanças. Os olhos brilharam e o coração se alumiou por dentro. Mordeu o pão seco e saiu perambulando, como folha ao vento.

(José de Castro) 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O POETA E A CRIANÇA

O poeta faz poema.
E a criança?
Numa festa, enche a pança.

O poeta faz poema.
E a criança?
Quando come chocolate, faz lambança.

O poeta faz poema.
E a criança?
Ao som da música, alegre, dança.

O poeta faz poema.
E a criança?
Corre, brinca, pula e nunca se cansa.

O poeta faz poema.
E  a criança?
Planta sorrisos, semeia esperança.

O poeta faz poema.
E a criança?
Ah! A criança é um eterno poema, brasa viva queimando na lembrança.

(dedicado aos alunos do Núcleo Educacional Infantil - NEI, da UFRN) 

NEI - ENCONTRO COM AS CRIANÇAS

No dia 02 de dezembro de 2010 fui convidado pelo Núcleo Educacional Infantil - NEI, da UFRN, para conversar com as crianças dos primeiro e segundo anos do Ensino Fundamental. Estive lá pela manhã e também à tarde. Em ambos os encontros tive a oportunidade de mostrar meus livros e apresentar poemas. Fizeram grande sucesso junto às crianças e às professoras as recriações que fiz da PARLENDA DO DOMINGO. As parlendas de segunda-feira até sábado foram muito apreciadas. A parlenda da segunda, então, essa teve que ser declamada várias vezes. Também as crianças apresentaram PARLENDAS, além de terem feito perguntas a mim sobre o ofício de escritor. Cantamos, brincamos, sorrimos, foram momentos de muita alegria e descontração. No dia 14 de dezembro terá o lançamento dos 4 livros que as crianças produziram e nos quais constará uma apresentação na última capa que escrevi, a convite da direção da escola. A literatura, para mim, tem sido uma oportunidade muito boa para aprender um pouco mais a respeito da alma e do coração das crianças. Estar com esses leitores-mirins, que já começam a ensaiar seus primeiros escritos, é motivo de muita alegria, prazer e emoção. Inclusive, inspirado neles, escrevi o poema O POETA E A CRIANÇA, minha próxima postagem. O poeta faz poema. E a criança? Veja a resposta no próximo post. Abraços a todos. 

MICROCONTO (conto minimalista)

AUSÊNCIA


Na rede, o silêncio. Você off.

APRENDIZAGEM

"Aprendi com a primavera a florir por dentro e a perfumar o amor de nós dois..."


(para Tânia Maria)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

PARLENDA UMA, DUAS ANGOLINHAS E SUA RELEITURA

Eu me lembro criança, lá em Minas, ouvindo meu pai Epaminondas recitar essa parlenda. Uma parte eu guardei na memória. Outra, tive que pesquisar para recuperar. Abaixo, segue uma releitura (recriação) que fiz: UMA, DUAS MENININHAS.

UMA, DUAS ANGOLINHAS (domínio popular) 

Uma, duas, angolinhas,
finca o pé na pampolinha.
O rapaz que jogo faz?
Faz o jogo do capão.
Conta bem seu Mané João
Conta bem que vinte são.
E recolhe este pezinho
Na conchinha de uma mão,
Que lá vai um beliscão.
É de rin-fon-fon!
É de rin-fon-fon!
Pede pilão e bate
Carne seca com feijão.
Orelha de gato
Não tem coração.

(domínio popular)


(releitura, recriação que fiz)



UMA, DUAS MENININHAS

Uma, duas, menininhas
Vão jogando amarelinha
Numa noite de São João.
Cante bem, meu amiguinho,
Cante bem essa canção:
Estrelinha quando brilha
Ilumina o coração.
Conta bem, meu amiguinho
Conta quantas estrelas são
Uma, duas, ou milhares
pra fazer constelação.
Um gato no pote,
Uma andorinha na mão,
Mamãezinha não me acorde,
Que o sonho tá bem “bão”...

sábado, 27 de novembro de 2010

O TATU DE TATUÍ

MINI-CONTO (em TRAVA-LÍNGUA, semi tautografado)

O tatu de Tatuí foi de trem visitar a tia do tu-iu-iú de Ituiutaba, mas a tia do tu-iu-iú não tava. O trem do tatu voltou por Itu e depois foi pra Itabira, onde não tem Ibituruna. O tatu telefonou pro tu-iu-iú e perguntou: Como tá tu? Onde tu tá? Fui visitar tua tia e tua tia não tava. O tu-iu-iú respondeu: Tudo bem... E tu? Cumé qui tu tá? Minha tia viajou pra Pindamonhangaba e depois vai voltar para Ituiutaba. O tatu que já voltara de trem pra Tatuí, foi pro restaurante do Tetéu comer um tutu com toucinho... E o tu-iu-iú voltou a cantar feliz o trava-língua de  Ituiutaba: ...  Tra-lá-lá...  Tatu, tatuí, itu, tu-iu-iú, ituiutaba, tupi, tupinambá...” E finalizou com uma cantiga de ninar tatu pequeno de Itu:  “Tutu marambá não venha mais cá, que a mãe da criança te manda matar.. Tra-lá-lá...”   

(dedicado à minha amiga Célia Holtz e à sua irmã Vera Holtz... de Passione...) 

sábado, 20 de novembro de 2010

A PARLENDA DO DOCE, DO AZUL E DO VERDE

Seguem-se três releituras ou recriações que fiz a partir da PARLENDA DO DOCE. 
Quem nunca ouviu ou repetiu essa clássica parlenda?

“O doce perguntou pro doce
Qual doce era o doce
mais doce que o doce.
O doce respondeu pro doce
Que o doce mais doce que o doce
era o doce da batata doce.”
(domínio popular)

Segue-se a primeira recriação da parlenda do doce: 

Qual é o doce mais doce que o doce?
-Decerto não é o doce da batata doce,
respondeu o arroz doce e irritou-se.
-Ora, ora, o meu doce é mais doce...
E se mais não fosse
eu não diria que o doce
mais doce que o doce
é o doce do arroz doce
e não o da batata doce.
Melhor que fosse.
Mas não é...  E acabou-se.

Na mesma linha, criei outra variação para essa parlenda:

O azul perguntou para o azul
que azul era mais azul que o azul.
O azul respondeu para o azul
que o azul mais azul que a azul
é o infinito do  teu olhar azul,
mais azul que o azul do céu,
mais azul que o azul
do anil dos mares do sul.

E segue-se outra, mudando a cor, mas não o tom:

O verde perguntou para o verde
que verde era o verde
mais verde que o verde.
O verde respondeu para o verde
que o verde mais verde que o verde
é o verde olhar da criança
refletindo o verde
no verde da mata verde.
Mas vede:
na verdade, o verde mais verde que o verde,
é o verde da esperança
de ver o mundo vitoriosamente verde.

(José de Castro) 

PARLENDA DO TEMPO

Segue uma releitura dessa clássica parlenda... Os acréscimos estão misturados às lembranças...

O tempo perguntou pro tempo
quanto tempo o tempo tem.
O tempo respondeu pro tempo
que o tempo não tem tempo
de ficar perdendo tempo com ninguém. 
O tempo tem o tempo
que todo o tempo sempre tem. 
O tempo do tempo 
é sempre um tempo eterno,
um eterno vai e vem.
Se o tempo não tem tempo,
esse tempo não vale um vintém.
O tempo tem o tempo
que o próprio tempo tem.
E você: tempo tem?
Nem vem que não tem.
Tempo passa, tempo vem.
É sempre tempo
de ter tempo para alguém. 

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

PARLENDA MODERNA

PARLENDA

Todo o mundo conhece a parlenda, de domínio popular, que se segue:

“Cadê o toucinho daqui?
Gato comeu.
Cadê o gato?
Foi pro mato.
Cadê o mato?
Fogo queimou.
Cadê o fogo?
Água apagou.
Cadê a água?
Boi bebeu.
Cadê o boi?
Tá amassando trigo.
Cadê o trigo?
Galinha espalhou.
Cadê a galinha?
Tá botando ovo.
Cadê o ovo?
O frade comeu.
Cadê o frade?
Tá rezando missa.
Cadê a missa?
Tá no altar.
Cadê o altar?
Tá no seu lugar...
E o seu lugar é por aqui, por aqui, por aqui..”

(e faz-se cócegas pelo braço afora da criança, até se chegar ao sovaco)...

Com base nessa parlenda, criei a de baixo, que chamei de:

PARLENDA MODERNA

Cadê a poesia daqui?
Poeta rimou.
Cadê o poeta?
Tá buscando inspiração.
Cadê a inspiração?
Tá no coração.
Cadê o coração?
Foi buscar a paixão.
Cadê a paixão?
Tá vivendo de ilusão.
Cadê a ilusão?
Verdade comeu.
Cadê a verdade?
Tá procurando a justiça.
Cadê a justiça?
Tá com preguiça.
Cadê a preguiça?
Tá enchendo lingüiça.
Cadê a lingüiça?
Cachorro engoliu.
Cadê o cachorro?
Foi mijar lá no morro.
Cadê o morro?
Virou favela.
Cadê a favela?
Tá fazendo novela.
Cadê a novela?
A Globo estragou.
Cadê a Globo?
Sílvio Santos comprou.
Cadê Sílvio Santos?
Tá jogando xadrez.
Cadê o xadrez?
Era uma vez...

(José de Castro, Natal/RN,  18/11/2010) 

terça-feira, 16 de novembro de 2010

ENCONTRO LITERÁRIO

Hoje, dia 16/11/2010, atendendo a um convite da professora ILMA, tive o prazer de visitar a ESCOLA EMÍLIA (Natal/RN - bairro Cidade Satélite) e falar com as crianças de lá, alunos do ensino fundamental, da primeira à quinta série. Foi um encontro gostoso, no qual pude mostrar meus livros, declamar poemas e mostrar às crianças que o escritor é uma pessoa normal, como qualquer outra. Contei a história dos meus livros, falei do processo de criação. Fui entrevistado pelas crianças respondendo a muitas perguntas inteligentes que foram feitas. Fiquei impressionado com a vivacidade daquelas crianças. Houve um encontro pela manhã e outro pela tarde (tive direito à mordomia de ser buscado em casa pela diretora Ilma, pessoa simples, sensível, uma educadora nata). Tive a oportunidade de falar sobre a importância da leitura e da escrita em nossas vidas, falar sobre leitura de mundo. Procurei incentivar as crianças para a leitura como um ato lúdico, prazeroso. À moda de José Paulo Paes, convidei-os a "brincar de poesia". Mostrei a eles o quanto eu me divirto dentro do processo de criação, pois para mim a poesia tem que passar emoção, alegria e tornar o mundo mais feliz. Nesse dia pude apresentar, em primeira mão, as SETE PARLENDAS aqui postadas (seis delas de minha autoria, uma para cada dia da semana...) Essas parlendas foram escritas no dia de ontem, pois era uma segunda-feira e eu queria complementar os poemas, de maneira a ter um poema para cada dia. Deixei alguns exemplares do meu livro POEMARES e fiquei de levar os demais (A MARRECA DE REBECA e o A COZINHA DA MARIA FARINHA). O livro O MUNDO EM MINHAS MÃOS não pode ser deixado, pois sua edição já se esgotou, bem como o QUEM BRINCA EM SERVIÇO... (textos de humor). O interessante é que esse último livro é para adultos, mas as crianças gostaram muito de alguns trechos que li e deram ótimas risadas. Isso vem a provar que poesia e humor não têm idade. Quero registrar também que hoje autografei três livros lá na escola, o que foi motivo de grande alegria: um autor quer ver o seu trabalho sendo divulgado e apreciado. Aguardem novas produções, pois eu estou sempre escrevendo: com prazer e alegria, pois para mim ESCREVER É UMA GRANDE AVENTURA. Quero expressar o meu agradecimento à professora Ilma e a toda a sua equipe. E, claro, a todas as crianças que me trouxeram tanta alegria nesse singular encontro literário.

domingo, 14 de novembro de 2010

NOVOS POETRIX - PROFISSÕES


MÉDICO
Ausculta o coração:
Dor de amor
Tem solução?

PSICÓLOGO
Analisa a psiquê:
Busca a origem:
És assim: por que?

ADVOGADO
Defende o réu.
Os pratos da justiça,
Desafios ao bacharel.

PROFESSOR
A teoria na prática:
Casar a vida
Com Português e Matemática

ARQUITETO
Conforto, beleza e paz,
Os detalhes na planta.
Desequilíbrio? Jamais!!!!

ENGENHEIRO
Ponte, estrada, edifício e casa.
Tudo calcula
Com engenho e arte.

ANTROPÓLOGO
Escavação:
Onde se esconde
A idade da razão?

FARMACÊUTICO
Manipula, manipula
Vitaminas, minerais e enzimas:
Saúde encapsula?

JOGADOR
A vida
No chute,
Goleia a dor

Novembro/2010 

sábado, 13 de novembro de 2010

AVISO AOS NAVEGANTES

"O barco não afundou e nem vai afundar. Os icebergs serão úteis para resfriar os nossos sucos de acerola."  (José de Castro).
Aviso aos participantes do mini-curso A POESIA NA ESCOLA: eu ainda não tenho o e-mail de vocês. Portanto, o envio de qualquer material do curso vai ficar para depois do dia 22, ocasião em que a secretaria do evento voltará a funcionar. Abraços a todos...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

6º SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO E LEITURA - new coments

Recebi e-mail muito gentil da professora Marly Amarilha, a coordenadora do evento 6º SEL, agradecendo minha presença com o mini-curso A POESIA NA ESCOLA. Ouvi de muitos professores que este foi um dos melhores seminários dentre todos os já realizados. Da minha parte, pretendo participar do próximo, caso seja convidado. Será um prazer, pois para mim trabalhar com a leitura e com a escrita é sempre uma oportunidade de novas descobertas. Vamos torcer para que a UFRN possa, através do trabalho da professora Marly Amarilha e de seus colaboradores, cada vez mais ir aperfeiçoando este trabalho que já tem um nível de excelência. É isso aí. "Lendo se aprende a escrever e escrevendo se aprende a ler".

A POESIA NA ESCOLA - mini curso do 6º SEL

6º Seminário de Educação e Leitura – 6º SEL
UFRN – CCSA – Período de 09 a 12/11/210
Local: Hotel Praia Mar
MINI-CURSO Nº 7 – POESIA NA ESCOLA
Ministrante: José de Castro (Escritor)

MINI-CURSO
O mini-curso POESIA NA ESCOLA contou com a participação de professores do Rio Grande do Norte 
(Natal, Goianinha, Mossoró) e de outros estados (Paraíba, Mato Grosso). Além dos conceitos de criatividade, trabalhou-se com a gramática da fantasia de Gianni Rodari, foram vistos os valores de Italo Calvino para a literatura, adaptados à educação,  e foram feitos exercícios de criação de poemas variados, incluindo acrósticos, tautogramas e poetrix. Foram feitos exercícios de como produzir com alunos poemas rimados, através de dinâmicas. Estudou-se a importância da poesia como ferramenta dinamizadora da sala de aula. Houve uma preocupação em se valorizar o que a poesia pode melhor fazer na escola: trazer alegria, beleza e emoção. A paixão de aprender brincando, de forma alegre e divertida, com muito prazer. 

A partir da metáfora da “pedra no pântano”, de Gianni Rodari, os professores produziram acrósticos com a palavra PEDRA. Muitas “pedras-poemas” foram atiradas no “lago da mente”. Seguem-se alguns dos poemas criados. 
 
ACRÓSTICOS 

Paixão
Era
Danada de
Raíssa e
Amadeu.
(Francisca Sirino/Natal/RN)

Posta
Embaixo 
Da 
Rua
Asfaltada
(Selma Tintino – Mossoró/RN)

Por tudo o que já vivi
Estou mais experiente
Diria, não é tão fácil
Recomeçar novamente. 
Ah! Tudo de novo... 
(Rariosvaldo Oliveira – Natal/RN)

Preocupação com monografia,
Estágio, relatórios
Durante a graduação...
Riso nervoso durante a apresentação
Ah! Letras... Pedras que quero espalhar por todo o caminho.
(Mariana Mattos – Rondonópolis – MT)

Pois 
Eu
Dei um
Rápido
Amasso. 
(Márcia Ferraz – Natal/RN) 

Pedra
E
Dor
Riscam a
Alma.
(Andréa Vasconcelos- Natal/RN)

Preciosa
Emoção
Dói:
Respira
Amor.
(Ana Maria Spínola-Natal/RN))

Pus esta pedra no meio do caminho
Esperando que alguém retirasse.
De repente algo aconteceu:
Romeu foi e escreveu:
Amada, querida, o meu coração será sempre teu. 
(Iviana Lima – Campina Grande/PB)

Para 
Escrever um poema
Deixo a imaginação se abrir para a
Rua que trago no coração:
Amor. 
(Maria Deuza – Natal/RN)) 

Perdoar
E tolerar
Diante de uma amizade
Renovar com afeto
A grande reforma de gostar 
(Desterro Costa-Goianinha/RN)

Pé de bailarina
Elegante
Dançarina
Realiza ativamente
A fama de bailarina
(Desterro Costa – Goianinha/RN)

Para
Estudar
Deve
Realmente
Amar. 
(Diana Maia-Natal/RN)

Uma das professoras arriscou uma produção diferente: 

ACRÓSTICO EM TAUTOGRAMA
Pela porta passou, pulou pálido na
Estrada esburacada. Enlouquecido,
De dor desmoronou. Delirante,
Rezou, rogou
Alívio às almas atormentadas.  
(Maria Deuza – Natal/RN)

Produções de acrósticos de professoras, que ficaram sem marcar autoria

Papai um dia falou:
Esqueça, minha filha
Daqui por diante
Raramente te deixarei sozinha
Amo-te demais para partir. 

Pedro
Escreveu:
Dói
Roer
Amando.

Perguntei para Fiona:
E você, gostou?
De quê?
Raimundo 
Amando. 

Pareceu-me
Errado
Dar
Risos no
Adeus...

Durante o mini-curso foi estudada a história do poetrix, a criação desse gênero pelo brasileiro e baiano Goulart Gomes. Falou-se do MOVIMENTO INTERNACIONAL POETRIX – MIP, que está comemorando dez anos e da antologia “501 POETRIX PARA SE LER ANTES DO AMANHECER” que será publicada em comemoração. O ministrante do mini-curso, escritor José de Castro, estará presente com 6 poetrix nessa antologia, que deverá estar saindo até o final desse ano de 2010. 
Os participantes do mini-curso se entusiasmaram com esse gênero, que é uma alternativa ao haicai. O poetrix é um gênero mais aberto e que permite uma liberdade de criação maior que o haicai. A temática do poetrix é livre, pode ter até, no máximo 30 sílabas métricas. Enfatiza o minimalismo: dizer o máximo com o mínimo de palavras. 
Segue-se algumas das criações feitas pelas professoras (e por um professor) do mini-curso: 

POETRIX

COMPARAÇÃO
Paixão...
É como acidente:
Acontece de repente
(Rariosvaldo Oliveira-Natal/RN)

O BEIJO
Minha conversa é pouca:
O que tenho a te dizer
Prefiro dizer na boca. 
(Rariosvaldo Oliveira-Natal/RN)

DECLARAÇÃO
Pra não sofrer
Eu nunca irei te falar
O quanto eu amo você!!!!
(Rariosvaldo Oliveira-Natal/RN)

BEIJO
É leite
Que escorre
No seio da boca. 
(Maria Deuza – Natal/RN)

SOLIDÃO QUE DÓI
Colchão
Com mola
Soltada.
(Maria Deuza – Natal/RN)

LIBERDADE
Porta
Que quebrou
O trinco. 
(Maria Deuza – Natal/RN)

COMER
O gozo
Da língua
Esporrada no estômago. 
(Maria Deuza – Natal/RN)

LÁPIS
Materialização
De uma imaginação
Em ebulição. 
(Maria Deuza – Natal/RN)

PERNA
Um braço
Que abraça
Torto.
(Maria Deuza – Natal/RN)

PAIXÃO BRASILEIRA
Quarta-feira
Globo
Gol. 
(Selma Tintino – Natal/RN)

BOM PROFESSOR
Educa
Com ação
Educação.
(Selma Tintino – Natal/RN)

CRIANÇA 
Com um olhar
Um sorriso
Uma esperança. 
(Diana Maia- Natal/RN)

DIREITO
O jurista
Como autor
De um ato perfeito.
(Diana Maia- Natal/RN)

AMIGO VERDADEIRO
A literatura desperta a criatividade.
Para quem acredita
O livro é amigo de verdade. 
(Mariana Mattos – Rondonópolis/MT)

A PALAVRA-CHAVE
Da poesia é PALAVRA,
chave que não fecha, 
só abre.
(Andréa Vasconcelos-Natal/RN)

BOLSA DE MULHER
Fechada tudo se guarda.
Aberta,
pergunta-se: onde? 
(Rossana Andréa- Natal/RN)

FAMÍLIA
Meus 
três 
amores. 
(Marcilene Silva – Natal/RN)


NET
Uma
Janela
Aberta.
(Marcilene Silva – Natal/RN)



Um dos jogos propostos para se favorecer a criação de poemas rimados foi a brincadeira do: “estou pensando numa palavra que rima com.....” Uma pessoa pensa uma palavra e diz com que outra ela rima. As pessoas vão dizendo palavras que rimam com essa, até que alguém acerte qual é a palavra. Pode-se combinar a quantidade de tentativas máximas (por exemplo, 10 tentativas). Quem acertar vem para a frente e continua o processo. Assim se forma um BANCO DE PALAVRAS RIMADAS. A partir dessas palavras, selecionam-se algumas para a produção dos poemas. Recomenda-se entrelaçar as rimas. 
A partir desse jogo, nasceu um banco de palavras. 

Um professor pensou a palavra “POESIA”, que rima com ALEGRIA. 
Simpatia
Magia
Fantasia
Maria
Folia
Maresia
Padaria
Pia
Confeitaria
Sorveteria.
Galeria.
Poesia. 

Uma professora pensou a palavra REBECA, que rima com PETECA.
Moleca
Rebeca
Sapeca
Rebeca

Outra professora pensou em PAIXÃO, que rima com JOÃO. 
Coração
Emoção
Sabão
Pão
Maridão
Coleção
Eleição
Barão 
Bobão
Paixão.

Outra professora pensou palavra VERDADE que rima com CRIATIVIDADE. 
Idade
Atividade
Cidade
Felicidade
Bondade
Maldade
Simplicidade
Lealdade
Saudade
Cidade
Caridade
Honestidade. 
Amizade
Verdade.
 
A partir do banco de palavras gerado em sala, foram criados coletivamente  os seguintes poemas:

Atirei ao céu minha Poesia
Que voou, voou feito Peteca
Numa dança de muita Magia
Ah que poesia mais Moleca!!!

Hoje vesti minha Fantasia
Para alegrar seu Coração
Mas enferrujou-me a Maresia
E lá se foi minha Emoção

Não vale a pena viver sem Paixão
Que é a chave da Felicidade
Como uma linda Canção
Entoando o amor da Verdade

Além dos poemas rimados, foi visto também o BINÔMIO FANTÁSTICO, de Gianni Rodari. A partir de duas brincadeiras, gera-se dois bancos de palavras: 1) em ordem alfabética as pessoas vão dizendo o nome de um animal que viram no zoológico; 2) também em ordem alfabética, vão dizendo o que vão querer “comer no almoço... ou no jantar.”.
Surgem então nomes de animais com as letras do alfabeto (arara, borboleta, cabra, dromedário, ema, foca... e assim por diante até.... zebra, por exemplo). 
Surgem nomes de alimentos (arroz carreteiro, brócolis, camarão, doce de mamão, empada.... até onde se alcançar no alfabeto, por exemplo... vagem ou xerém... (tem comida com “z”?)... 
E, então, juntam-se animais e alimentos, formando-se um BINÔMICO FANTÁSTICO... A arara que come arroz carreteiro... A borboleta que come brócolis... A cabra que come camarão... E criam-se histórias ou poemas a partir desses binômios. 

Além desses jogos, foi feito o exercício de criação de história a partir da SINTAXE DO ACASO, proposta por Gianni Rodari, em seu livro A GRAMÁTICA DA FANTASIA (Summus Editorial). 
O professor entrega a 7 pessoas diferentes, 7 perguntas:
1. Quem era?
2. Onde estava?
3. Como se vestia?
4. O que fazia?
5. O que disse?
6. O que disseram os outros?
7. Como acabou a história?
As pessoas recebem as perguntas em sigilo e têm que responder sem se comunicarem entre si (ou seja, ninguém sabe o que outro está fazendo). Ao final de algum tempo, as pessoas são reunidas para darem a chave de suas respostas. Daí podem surgir histórias muito engraçadas, bem surrealistas. No caso do nosso mini-curso, a personagem era a apresentadora de TV Ana Maria Braga, dentro de um poço, vestida como um calçolão colorido, trabalhava com palavras, falou que os políticos sempre prometem e nunca cumprem, alguém disse que nunca havia visto alguém tão feio assim e a história teve um final hilariante, bem divertido. Depois, a história poderá ser retrabalhada de maneira coletiva. 

Apesar do pouco tempo disponível para o mini-curso, muitas outras coisas foram vistas. Claro que muita coisa ficou por ser dita. Por exemplo, não deu tempo de a gente trabalhar com trava-língua, com parlendas, com o cordel e com outros gêneros. Mas, na minha avaliação, apesar disso, creio que foi proveitoso para todos. Eu, como ministrante, confesso que me diverti bastante com as criações das professoras presentes e do único professor participante. Todos foram muito participativos e muito criativos. Foi um enorme prazer trabalhar com vocês. Com certeza, aprendi um pouco mais. E poesia é isso: emoção, sentimento, prazer e alegria de criar. Como convida José Paulo Paes: vamos brincar de fazer poesia?  

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

MINI-CURSO POESIA NA ESCOLA - PARTE II

Um desabafo: foi tudo muito bom, mas, da minha parte, sempre fica um pouco de frustração pelo tempo, pela escassez do tempo. Confesso que ainda tinha muita coisa para ser passada. Muita coisa ficou de fora. Deixamos de falar de alguns gêneros (e de produzir também). Faltou o trava-língua (um ninho de mafagafos cheio de mafagafinhos, quem os desmafagafar, bom desmafagafador será; três tristes tigres se intrigam com o atraso da entrega do trigo integral; atenção, repita bem rápido: O PEITO DO PÉ DO PEDRO É PRETO..várias vezes seguidas...  rs.... e esse, cuidado, heim: TOCO CRU PEGANDO FOGO... rsss... Faltou falar do RONDEL, do INDRISO, do cordel... Ah, o cordel, essa força expressional popular mágica, bem nordestina... Faltaram algumas dinâmicas... Mas, todavia, porém, contudo, por outro lado é bom, porque fica no ar um "gostinho de quero mais"... Enfim, colegas professoras e professores: FOI BOM... E vamos nos encontrar por aí, às vezes ao vivo, e às vezes de forma virtual (seja aqui, no MSN, no Recanto, e até no twitter.... http://twitter.com/josedecastro9 É isso aí... Aguardem novas postagens, assim que eu conseguir organizar o material... Abraços a todos..

MINI-CURSO POESIA NA ESCOLA - 6º SEL - CCSA - UFRN

Hoje encerrei o mini-curso POESIA NA ESCOLA, ministrado ao longo de 3 dias (9, 10 e 11//11/2010), realizado no Hotel Praia Mar, em Natal/RN. Contei com a participação de várias professoras de escolas de Natal, professoras de Mossoró, Goianinha e também de outros estados: Mato Grosso (Rondonópolis), Paraíba (Campina Grande) e do Rio de Janeiro. Tive apenas um professor. A maioria, professoras. Quero dizer a todos os participantes que foi motivo de muita alegria para mim a oportunidade dessa troca de experiências. A leitura e a escrita são ferramentas mágicas, que nos fazem viajar pelos caminhos da beleza e da emoção. Gostei demais da experiência, do convívio e da oportunidade de criar junto com todos vocês. Mais tempo houvesse e muito mais teríamos feito. Quem sabe a gente se reencontra noutras oportunidades? Aguardem a organização de parte do material produzido (não consegui registrar tudo, mas temos muita coisa significativa). Vocês, professoras, foram muito criativas (e o professor também). Foi muito bom ter trabalhado com vocês, lado a lado, criando, rindo, e trazendo mais alegrias ao mundo. "É preciso a mão do poeta para reinventar o mundo"... Aguardem nova postagem.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

6º Seminário de Educação e Leitura - 6º SEL

Nos dias 09, 10 e 11 de novembro de 2010, estarei ministrando um minicurso POESIA NA ESCOLA, no Hotel Praia Mar, nos horários de 16 às 18 horas. São apenas 50 vagas. Veja as informações abaixo e acesse o link:
http://www.ccsa.ufrn.br/6sel 
MINICURSO 07 - POESIA NA ESCOLA 
MINISTRANTE: Prof. José de Castro
EMENTA: Estuda a criatividade, fantasia e imaginação. As seis categorias de Italo Calvino para a literatura. A gramática da Fantasia de Gianni Rodari. Gêneros poéticos; criação de poemas; criação de histórias minimalistas; a poesia como estratégia dinamizadora da sala de aula.
José de Castro (minibiografia) 
Mineiro de Resplendor e vive em Nata/RN desde 1976. Ex-professor do Departamento de Educação da UFRN. Fundador da revista “Educação em Questão” e da “Oficina de Tecnologia Educacional” daquela universidade. Foi Diretor da Televisão Universitária. Tem Mestrado em Tecnologia Educacional. É jornalista, escritor e membro da “Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte – SPVA”, tendo participado de antologias literárias e colaborado com suplementos literários em jornais e revistas. Quatro livros de literatura infantil (poemas) publicados: A Cozinha da Maria Farinha (Paulinas); A marrecas de Rebeca (Paulus); O mundo em minhas mãos (Bagaço) e Poemares (Dimensão). Tem um livro de humor para adultos publicado pelas edições Sebo Vermelho de Natal/RN. Por dois anos consecutivos participou da comissão julgadora de um dos principais prêmios literários do Rio Grande do Norte: o Othoniel Menezes, de poesia. José de Castro foi consultor da Secretaria de Estado da Educação, da Cultura e dos Desportos na área de planejamento, avaliação, educação à distância e tecnologia educacional. Foi colaborador do Comitê do Rio Grande do Norte do Programa Nacional de Incentivo à Leitura - PROLER/RN. Vem ministrando oficinas de poesia e de prosa para profissionais educadores da Educação Básica e mostrando a importância da leitura e da escrita como forma de dinamização dos trabalhos em sala de aula. É Cônsul da Poesia de Parnamirim/RN, indicado pelo Movimento “Poetas Del Mundo”.