terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

DESDITOS POPULARES (10)


Ventilador de velho é peido.

Lenço triste, lágrimas não pode enxugar.

Café fraco é mijo de formiga, dizia meu pai em Ubá.

No almoço, fubá mimoso. No jantar, angu de caroço.

Costureira a costurar, com seus botões a conversar.

Com temperos de criança qualquer passado é boa refeição.

Amor de alfaiate é terno e boutique de pobre é brechó. 

Vampiro em restaurante come chouriço e cabidela.

Quem cria casos devia também sabê-los educar.

Sobremesa de ingrato é jiló.

Quem tem conta corrente em banco de sangue é vampiro.

Cuidado poeta: o capeta também sabe inspirar.

Saci de duas pernas é que é assombração.

De alho o colar: nem é preciso ser vampiro pra se espantar...

Quem gosta de chifre é toureiro.

No deserto, água em pó.

Mulher na praia  não é  carne de sol.

Quem está com a corda toda, cuidado pra não se enforcar.
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Invencionices minhas em tardes preguiçosas de sol e em noite enluaradas de mim. 

sexta-feira, 24 de junho de 2011

ACOSSADO ou ARMADILHA DO DESTINO

 

(UMA CRÔNICA CINÉFILA)
“Era uma vez no oeste”, bem longe de todas as “Luzes da cidade”… Ali estávamos os dois “Perdidos na noite”, “Cantando na chuva”. Éramos “Um homem e uma mulher” “Sem destino”. Na verdade, o que a gente queria mesmo era “Um lugar ao sol” e vivenciar algumas “Loucuras de verão”. Não havia táxi e nem estávamos “No tempo das diligências”. Mesmo assim conseguimos chegar a “Uma rua chamada pecado”, onde pudemos presenciar algumas “Núpcias de escândalo”. Ou seria “A primeira noite de um homem”? “Minha bela dama”, naquele momento, estava mais parecendo “A noviça rebelde”. Mesmo assim, éramos ainda “Os bons companheiros” de sempre e “O diabo a quatro”… “O sexto sentido” me recomendou prudência naquele momento. Afinal, tínhamos um pacto de amor e também um “Pacto de sangue”. Fazer o quê? Nesses “Tempos modernos” as coisas são mesmo assim: ”: “Noivo neurótico, noiva nervosa” . Resolvi não comentar nada. É sempre preferível “O silêncio dos inocentes”, pois de um tudo “Aconteceu naquela noite”. E eu não era mesmo “O homem que sabia demais”. Apenas “Duas ou três coisas que sei dela”. Sei também que “A mulher faz o homem”, mesmo os mal-educados, pois “Os brutos também amam”. E sabia mais: “Os melhores anos de nossas vidas” não podemos desperdiçá-los colhendo “Morangos Silvestres” ou comendo “Tomates verdes fritos”. E nem podemos deixar para trás “Rastros de ódio”. E ali estava eu, mais para “Uma aventura na África” do que para uma “Sinfonia em Paris” . Eu me sentia “O poderoso chefão” em pose de “Patton”, um verdadeiro “Lawrence da Arábia” de mim mesmo. Quem nunca teve uma “Psicose”? Na verdade, mais parecia “O franco-atirador” ou “Um estranho no ninho.” Ou quem sabe me via como “O mágico de Oz” tentando cruzar “A ponte do rio Kway” (ou seriam “As pontes de Madison”?). Pensei-me como o “Último dos moicanos” querendo escalar “O morro dos ventos uivantes”? Com certeza, “Em busca de ouro”, o tesouro do amor. Ou talvez estivesse tentando ouvir “A canção da vitória” do meu “Amor, sublime amor” entoada pelo coral de “Os sete samurais”? Meu coração se aquecia. “Paris está em chamas?” “Quanto mais quente melhor…” Mas o vento apagou tudo. “E o vento levou…” para bem longe todos os meus desejos e os meus sonhos mais secretos … “Meu ódio será sua herança “? Nunca, pois “Assim caminha a humanidade…”, foi o que pensei. Mas no fundo, no fundo, eu ainda tinha três certezas: “O sol é para todos”… “A felicidade não se compra”. .. E “A vida é bela”. “O resto é silêncio”, como diria William Shakespeare. Uma “Bravura indômita” calou fundo em meu peito. Pura “Fantasia”!!!! “Esse mundo é dos loucos”!!!!!!


PS. todos os nomes de filmes (entre aspas) foram retirados de um “ranking” da AFI com os 100 melhores filmes de todos os tempos, com exceção de uns 3 ou 4 filmes que incluí por conta própria.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

PRISIONEIRO DO AMOR

O NAVEGANTE E A SEREIA

Navegava distraído e nem percebi
que, aos poucos, me distanciava
do meu porto destino. Calmarias
enfrentei. Tempestades bebi.
Velas tremulavam irrequietas.
Nas estrelas me reorientei.
Pouco sabia de correntes marítimas.
Mas adivinhava de ti o doce
encanto de sereia. E teu canto
me guiou por entre os arrecifes.
Olhos fechados, apenas ouvi.
E avancei, o teu canto a soar
mapeando  em ecos o rumo a seguir.
O barco oscilava, tremia, rangia.
E a música me embalava e me
encorajava a prosseguir sempre
em frente, na tua direção.
Noites e noites vaguei por
sobre as ondas, perseguindo
os murmúrios que me traziam
o vento. A suave brisa, a tua
canção me diziam que o
coração navega os rumos
que o amor determina.
E lá, para além de tudo,
onde nem mais esperança
 existe, por fim, te encontrei
 vestida de orvalho e luar.
E teus olhos brilhavam
feito contas de cristal.
Minha busca, enfim,
terminara. Senti,
naquele momento, que
a vida só tem sentido
quando se busca a
realização dos sonhos
que parecem impossíveis.
 Nos teus braços me enlacei
e teus lábios de seda, de leve,
roçaram os meus. Aos poucos,
fui me perdendo de mim mesmo.
E em ti me reencontrando. Sereias
têm magias que fascinam. Tive
a certeza, naquele momento,
que jamais seria o mesmo.
Prisioneiro, de ti, enfim,
me fiz. Amor, doce estranha
 inevitável prisão que liberta.
Se perguntarem por quem
as sereias cantam, não duvides:
elas cantam por ti. E quando elas
silenciarem, desconfie. Coração
calado não sabe os mistérios do amar.
Eu ouvi o canto da sereia.
E me banhei de silêncio  cravejado
de estrelas, sereno alumbrar.
E no canto da sereia
me fiz de paixão encantada,
pétala de sonho, perfume de luar.
Viajei, velejei, me perdi, me achei
e de novo me perdi
em ti para nunca mais voltar.

José de Castro, 12 05 2011

sábado, 11 de junho de 2011

DIA DOS NAMORADOS (mensagem)



CARTA DE UM NAMORADO PARA A SUA AMADA.

Existem coisas muito importantes para se falar numa data como essa.

Uma delas é que você é uma pessoa muito especial.

Conhecer-te foi uma das coisas mais marcantes em minha vida.
Quando penso no grande privilégio que é estar contigo, fico sempre emocionado.

E sou grato a Deus por ter propiciado esse encontro singular, que inaugurou tanta felicidade em minha existência.

E a você eu dedico toda a minha atenção e ofereço todo o meu carinho e toda a minha ternura.

Um dos maiores desejos que tenho é que nós dois possamos continuar assim, gostando um do outro, nesse gostar sincero, leve e gostoso. Que sejamos sempre cúmplices e companheiros nessa jornada, por muitos e muitos anos, quiçá por toda a eternidade.
Que hoje, no DIA DOS NAMORADOS, você tenha a grande certeza de que eu estarei sempre ao teu lado, para o que der e vier, em qualquer circunstância. E quero também que você saiba que eu rezo a Deus, todos os dias, pedindo que Ele te alongue os anos, fazendo-te sempre assim como tu és: bela, meiga, sincera, amiga e... minha eterna namorada.

Que você goze sempre muita saúde, muita paz e muita alegria. Hoje e sempre. E que na vida você consiga realizar todos os seus sonhos...
Eu teria muito mais coisas ainda para lhe falar. Mas, vou deixar algumas palavras para depois, para sussurrar nos teus ouvidos, como se fossem murmúrios de vento, como o sopro de uma brisa suave dizendo segredos de ternura e paixão.

Então, agora, nesse momento eu vou simplesmente te dizer: 

Eu te amo do mais profundo do meu coração !!!!

FELIZ DIA DOS NAMORADOS!!!!!

terça-feira, 31 de maio de 2011

José de Castro no programa XEQUE-MATE da TV-U em 2008


O escritor José de Castro foi entrevistado em 2008 no programa XEQUE-MATE da TV-U. Este programa é coordenado pelo professor Ruy, que conta com uma equipe de alunos do curso de Comunicação Social como entrevistadores. Nesse programa, o escritor falou de sua carreira como educador (professor do Departamento de Educação), como Diretor da TV-Universitária e fala também de sua carreira como autor de literatura para crianças. 

José de Castro no programa XEQUE-MATE da TV-U em 2008

José de Castro no programa XEQUE-MATE da TV-U em 2008