No dia 18 de abril, DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL, estarei compondo uma MESA REDONDA junto com a escritora Salizete Freire e com o escritor Juliano Freire na Assembléia Legislativa do Estado, dentro do FÓRUM DA REDE POTIGUAR DE ESCOLAS LEITORAS, dedicado ao incentivo à leitura. Na oportunidade estarei dando o meu depoimento como autor de livro destinado às crianças. É claro que irei falar do meu primeiro livro: A MARRECA DE REBECA, que marcou minha estréia na literatura infantil, livro que foi publicado pela editora Paulus/SP. Falarei também dos outros livros: O mundo em minhas mãos (Ed. Bagaço/Recife), edição já esgotada. E do Poemares (Ed. Dimensão/BH), sem deixar de mencionar, claro, o A Cozinha da Maria Farinha (Ed. Paulinas/SP).
No momento, estou com alguns originais sendo analisados em editoras, incluindo-se uma peça teatral infanto-juvenil, a comédia musical ÓPERA DOS GATOS, que foi encenada pelo grupo de teatro dos alunos do Ensino Médio do Colégio das Neves, aqui em Natal.
A Editora Dimensão (que publicou o POEMARES), está com o propósito de publicar um livro de minha autoria, ainda no decorrer deste ano de 2011, contendo POETRIX, que é um gênero poético, tercetos, criado por um brasileiro, o baiano Goulart Gomes.
No dia 19 de abril deverei visitar a Escola Municipal Erivan França, na Zona Norte, para ter um contato com os alunos, de 1ª à 5ª série do Ensino Fundamental. Esta escola adotou o livro A COZINHA DA MARIA FARINHA e o está trabalhando junto às crianças. Gosto muito de estar junto ao público infantil, pois eles demonstram sempre muita curiosidade em relação ao ofício de escritor. Estarei por lá conferindo as releituras que os alunos vêm fazendo do meu livro.
Espero que esses dois eventos sirvam para valorizar e incentivar o processo da leitura e sensibilizar as pessoas para a importância do livro e, especialmente, da literatura infantil para a formação de leitores críticos e, quem sabe, futuros autores.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
domingo, 27 de fevereiro de 2011
DOZE MICROCONTOS DE ALCOVA
01. ONDE HÁ FUMAÇA HOUVE FOGO
Era uma mulher fogosa. Casou-se com um bombeiro. Apagou-se para sempre.
02. DESESPERO OU AFINIDADE?
Solitária: casou-se com um verme.
03. GINECOLOGISTA
- Querida, abra as pernas e relaxe bem.
- Mas, querido, eu quero é fazer amor e não passar por um exame de toque!!!
04. SEXÓLOGO NA CAMA
- Mas, querida, entenda: falar é fácil. A teoria, na prática, nem sempre funciona.
- Ah, quer dizer que agora você chama “isso” de “teoria”... Bela metáfora ... Pra nãodizer... meta-fora.
05. ADVOGADO CIUMENTO
- E então: o que você me diz em sua defesa?
- Mas, querido, aqui o advogado é você!!!
06. CLÍNICO GERAL x OBJETIVIDADE
- Amor, você sabe, todas as partes do corpo estão interligadas ... Então vamos ver o todo da questão... Vou começar pelos...
- Querido, não sou sua paciente e nem tenho paciência. Que tal ir direto ao ponto... G?
07. PSIQUIATRA COMPULSIVO
- Querido, você sabe que eu sou louquinha por você!!!
- Pronto. Era apenas essa declaração que faltava para eu poder te internar de vez... Vamos?
08. PSIQUIATRA APAIXONADO
- Querida, que meus pacientes não me ouçam: mas eu sou LOUCO, LOUCO, inteiramente ALUCINADO por você!!!
- Por isso mesmo já comprei um presente para você, meu amor: uma CAMISA DE FORÇA novinha em folha !!!
09. LABORATORISTA
- Querida, tenho que te confessar uma coisa: agi como um verme!
- Não se preocupe, querido. Tome aqui esses comprimidos de PANTELMIN...
10. GERIATRA
- E então, como está se sentindo, minha velha?
- Seja mais romântico, querido. Por que não: está gostando, minha menina?
11. GERONTÓLOGO
- Ah, a fonte da juventude!!! Todos a buscam, querida... E sabe pra quê?
- Claro que sei: para afogar os velhos nela...
12. REENCONTRO
Antiga paixão, há muito tempo que não se viam. Teve um choque. Agora, ela era uma linda enfermeira. Teve outro choque. Ela estava com um desfibrilador nas mãos.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
DOZE CONTOS DE VAGA-LUME (microcontos)
01. INADIMPLÊNCIA
- Mamãe, papai está apagado.
- Eu sei, filho. Esqueci de pagar a conta de luz.
02. PREFERÊNCIA
- Querido, apague essa luz. No escurinho é melhor...
03. NOME (IM)PRÓPRIO
- Onofre?
- Não: ON-OFF.
04. (A)BREU
Acende. Apaga. Acende. Apaga. Apagão. Deu um curto-circuito no vaga-lume.
05. GÍRIA
- Eu ia voando, tá ligado? E ela foi chegando, tá ligado? E ficou acesa, tá ligado?
Aí, cara, apaguei, tá ligado?
06. BODAS DE LUZ
- Comemorar à luz das estrelas? Mas você não me disse que tinha economizado o ano inteiro para comprar velas?
07. CONTRADIÇÃO
- Eu sou uma brasa...
- Então... Por que não acende o meu cigarro?
08. EXAGEROS (ou WHAT?)
- Olha, minha filha, quando estou apaixonado chego a mais de 100 watts.
09. PROLÍFERO
Mas isso não é uma família: isso já é uma árvore de Natal!!!
10. DESILUSÃO
- Quando você me disse que ia trabalhar no cinema, eu pensei que você iria ser um ator...
11. PAIXÃ0
- Estou completamente apaixonado!!!
- Por mim?
- Não, por aquela lanterna.
12. GREVE
- Luzia?
- Sim: Luz-ia! Mas não vai mais... Vai ficar no escuro!!!
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Pequena canção de amor
GIRASSOL, GIRALUA
Gira, gira, girassol,
vai girando o coração...
O luar tá bem bonito,
Lua cheia de emoção.
Girassol, giralua,
minha alma é sempre tua...
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
MICROCONTO (conto minimalista)
MENSAGEM NA GARRAFA
Escreveu, lacrou. Atirou ao mar... Glub, glub, glub... Afundou.
Escreveu, lacrou. Atirou ao mar... Glub, glub, glub... Afundou.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
DESENHOS DA TARDE (E NUNCA MAIS...)
Ela era a mais linda mulher que eu jamais vira em minha vida. Como num sonho, vi-a deslocar-se, etérea como um anjo, desfilando toda a sua graça pela praia. As ondas preguiçosas lambiam seus pés, seus cabelos voavam à brisa daquele fim de tarde. Um halo de luz dançava nos seus longos caracóis dourados. Ela era tudo o que um homem sonhara ou imaginara. Tudo o que um homem esperava contemplar numa mulher. E algo mais. Além de tudo, tinha um ar enigmático, um quê de princesa e fada. Como o vento, passou. Deixou apenas essa imagem nítida, marcada para sempre na minha retina. Nunca mais a vi. Até hoje, ainda fico pensando: teria sido realidade ou sonho? Por isso, volto àquela praia, quase todos os finais de tarde, sempre naquele mesmo horário. Quem sabe os desígnios que o destino nos reserva? A esperança, dizem, é a última que morre. Eu só não entendo uma coisa: por que eu não tive a coragem de abordá-la, de dizer um “olá, boa tarde... Posso caminhar um pouco ao seu lado?” Ah, se arrependimento matasse!!! Mas, fazer o quê? Eu creio que tive medo de desfazer a magia. Descobrir ou perceber algo que não combinasse de dentro para fora. É isso: eu não quis estragar o encanto que me alumbrava naquele momento. Assim, eu poderia guardá-la intacta em minha mente, como num cofre, para sempre selado: uma deusa sem mácula, um anjo de beleza infinita desfilando ao cair da tarde. Uma recordação perfeita, feito uma dama eternizada numa tela de Edouard Manet.
DRAWINGS OF THE AFTERNOON (NEVER MORE)
She was the most beautiful woman I had ever seen in my life. As in a dream, I saw her move, as an ethereal angel, parading all her grace on the beach. The waves lapped his feet, his hair flew in the cool of the evening. A halo of light danced in your hair curls. She was everything a man dreamed or imagined. All that a man expects a woman to contemplate. And something more. And above all, had an enigmatic air, and something of a fairy princess. As the wind, passed. Just let this clear picture, marked forever on my retina. I never saw her again. To this day, still I wonder: would have been a dream or reality? So, back to that beach, almost every afternoon, always at the same time. Who knows what plans the fate in store for us? The hope, they say, is the last to die. I just do not understand one thing: why I had not the courage to approach her, say "hello, good afternoon ... I can walk a little on your side? " Ah, if repentance kill! But do what? I think I was afraid to undo the spell. To discover or see something that did not match the inside out. It is this: I do not want to spoil the charm that alumbrera me inside. So, I could keep it intact in my mind as a safe, sealed forever: a goddess without blemish, an angel of infinite beauty parade at dusk. A perfect recall, like a lady immortalized on canvas by Edouard Manet.
E LA NAVE VA - Crônica Cinéfila
“Bom dia, tristeza”... Você sabe “Por quem os sinos dobram?”... “Spartacus”? ... “El Cid”? ... “Bambi”? Talvez... Mas “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado...” Comeram “Tomates verdes fritos”. E, em “O último pôr-de-sol” choraram pelos “Irmão sol, irmã Lua”, conheceram “O homem que sabia demais”, tomaram “Um drink no inferno” e descobriram “O homem que matou o facínora”. De sobra, viram “King Kong” destruir “O Planeta dos Macacos” e também “As pontes de Madison”, um verdadeiro “Apocalipse”, com “Rastros de ódio”... Mas, apesar de tudo, “A vida é bela”. E encerro por aqui essas “Verdades e mentiras”... Afinal, hoje não é “Sexta-feira 13” e me recolho à “Morada da sexta felicidade”, bem ao lado da “Cidade de Deus” (no “Limite”, fico “Acossado” entre o “Matar ou morrer” e lembro-me que “Meu tio matou um cara”). Encobrem-me “As brumas de Avalon” e o manto de “As noites de Cabíria” ... “Viva Zapatta!”.
PS. Pensando bem, esse texto não tem sequer o valor de um “O dólar furado”. “E La nave va”.
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