Ventilador de velho é peido.
Lenço triste, lágrimas não pode enxugar.
Café fraco é mijo de formiga, dizia meu pai em Ubá.
No almoço, fubá mimoso. No jantar, angu de caroço.
Costureira a costurar, com seus botões a conversar.
Com temperos de criança qualquer passado é boa refeição.
Amor de alfaiate é terno e boutique de pobre é brechó.
Vampiro em restaurante come chouriço e cabidela.
Quem cria casos devia também sabê-los educar.
Sobremesa de ingrato é jiló.
Quem tem conta corrente em banco de sangue é vampiro.
Cuidado poeta: o capeta também sabe inspirar.
Saci de duas pernas é que é assombração.
De alho o colar: nem é preciso ser vampiro pra se espantar...
Quem gosta de chifre é toureiro.
No deserto, água em pó.
Mulher na praia não é carne de sol.
Quem está com a corda toda, cuidado pra não se enforcar.
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Invencionices minhas em tardes preguiçosas de sol e em noite enluaradas de mim.